terça-feira, 22 de setembro de 2009

Nao sei.

"Parem o Mundo, que eu quero sair."

sábado, 19 de setembro de 2009

"Gossip Girl"


Ao que parece nao é preciso viver em Uper East Side numa série televisiva para ter uma "Gossip Girl" a controlar tudo o que fazemos, dizemos ou, pelo menos, PENSA que aconteceu. O pior é que, seja verdade ou não, se aos olhos dela aconteceu, então ninguém vai negá-lo. As pessoas conhecem-se, e as pessoas falam. Falam de mais. Do que não existe nem existiu, principalmente. E quem conta um conto acrescenta um ponto. Fixe mesmo é quando as chamadas vítimas da menina GG, pessoas que não querem saber da vida dos outros e já têm problemas suficientes com que se preocupar, acarretam as consequências do spread dum boato. Ya, boato. Quando é verdade e positivo, não se fala nisso. Para quê perder tempo a dar boas notícias se se pode sempre dar uma má e armar confusão? É muito melhor ver cenas infelizes e pessoas a sofrer com mentiras. E para além disso, poupa-se dinheiro em bilhetes de cinema, o que é porreiro porque não estão muito baratos. Enfim, já se sabe, é sempre o mesmo. Só me pergunto "porquê?"... Porque é que o ser humano tem de ser assim? O que ganha ele com o sofrimento e dor dos outros? Quanto melhor conheço estas facetas do Homem, mais desejo não o ter conhecido. Bocas ambulantes. Ai senhores... Valha-vos Deus! (Fui cortar os pulsos).

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Bem-vindo ao turno da noite


De novo consciente (mas pouco).
Uma agulha afiada perfura os meus ouvidos num tom ensurdecedor.
Nao ha melodia, nao ha nada. Apenas um grito morto e estridente.. sem significado.
As luzes incandescentes e gélidas do meu quarto, que havia deixado acesas, rasgam-me as pálpebras e forçam-me a enterrar o sono no qual havia caído há umas horas (dias, anos...).
Arrasto pesadamente o olhar pela paralisia do meu mundo, inspirando bruscamente um ar grosseiro e frio que congela o vazio do meu peito, tornando a minha ausência de mim eterna. Nao há movimento. Os ponteiros do meu pequeno relógio não contavam mais o meu tempo. Espreito pela janela: não há mais vida neste lugar. O Mundo havia parado. Os carros, as pessoas... E, nem sombra de vento ou chuva. Existo apenas eu, acordada e consciente (embora pouco). Coberta apenas com uma manta de lã, saio pela porta principal e admiro o cenário. Consigo passar por entre as pessoas e compreender cada detalhe das suas faces. Podia passear eternamente pelos seus olhares e nunca ser vista. Mas seria sempre o mesmo. Olhares magoados e cinzentos. Cansados e infelizes. E ninguém sorri. Bocas entreabertas o suficiente para soltar um suspiro de socorro (em vão...). Chega. Volto para dentro e mergulho nos meus lençóis de novo. Fecho os olhos para nunca mais abrir. Aterro na escuridão utópica do meu ser e: fim. Estalo os dedos: que o mundo recomece. Eu paro por aqui.